Como gerar indicadores de sucesso na advocacia?

Muitos advogados confundem tecnologia com mágica. Isso porque, acham que os softwares jurídicos trabalham sozinhos. Não é bem assim.

Para gerir informações dentro de qualquer software disponível no mercado, não basta apenas lançá-las no sistema. O advogado deve extrair as informações de forma que elas respondam perguntas como:

Quantos processos ativos tenho? Quantos clientes atendo por mês? Qual a rentabilidade do processo? Qual o meu percentual de captação de clientes?

Para ajudá-los a encontrar as respostas, divido com vocês uma técnica que trará vários insights sobre gestão e marketing: o Método SMART.

Criada em 1981 pelo americano George T Doran em um artigo publicado na Management Review Publication, a sigla inglesa SMART significa:

Specifc;

Measure;

Achievable;

Relevant;

Time-based.

Vamos explicitar aqui cada uma delas:

Specifc- Específico.

O indicador deve ser específico e focado no seu negócio. Pense em perguntas como:

Qual é o seu negócio? Qual a dor que o seu negócio resolve? Qual a tecnologia que pode auxiliar na solução do seu problema?

Assim, o indicador deve responder questionamentos do seu negócio para o seu cliente, sem ser genérico.

Por exemplo: um indicador que traz todas as audiências de um determinado período. Ele pode ser interessante, mas não responde a dor do cliente. Será necessário ser mais específico, dizendo que tipo de audiência (Inicial, UNA, Instrução, Inquirição Prévia de Testemunhas etc.), qual o resultado da audiência (indicador que evidencie um relatório da audiência) entre outros.

Measure – Mensurável.

Além de específico, o indicador deve ser mensurável em números, percentuais e unidade de medidas. Pense e repense quais os indicadores que você tem hoje? Quais as suas finalidades? Quais perguntas eles te respondem? 

Destas respostas virão os números. Neste caso cabe um destaque: indicadores são mais do que números! Aprenda que um indicador ideal tem todos os elementos SMART e não apenas um deles.

Não se baseie na tomada de decisão apenas pelo mensurável. Medir sim, sempre. Porém, gerir e tomar decisões baseado apenas em números é um erro estratégico.

Achievable – Alcançável.

Para ser alcançável, o indicador deve cumprir o seu propósito de responder as perguntas as quais ele se propõe a medir e controlar.

Quando criamos os indicadores pensando na sua estratégia e nas perguntas que vai responder, este tópico fica simples, posto que para a informação se fazer alcançável, ela deve ser lançada previamente de forma pensada, desenhada.

O que nos remete aos exemplos já feitos e ao próximo item, uma vez que além de específico, mensurável e alcançável, ele deve ser relevante.

Relevant – Relevante.

Para ser relevante, o indicador deve ser pensado como a resposta das perguntas que impactam o negócio e o cliente do negócio.

Fazer um indicador para saber quantas réplicas o escritório fez pode não ser relevante. Quando vejo as réplicas como atividades de um colaborador, posso perceber relevância em quantidade de tempo, tarefas e aproveitamento do colaborador do negócio. Assim criei relevância ao indicador (embora o indicador de quantas foram feitas será executado no contencioso/processual e a análise como tarefa e tempo de elaboração pode ser por timesheet – outro módulo) o que nos mostra que analisar a relevância não é uma tarefa simplista.

Pense no indicador que está sendo criado, para quem está sendo criado, quais as premissas da sua criação e uso. Assim, ele terá os atributos necessários para ser relevante.

Time-based – Baseado no tempo.

O indicador não pode ser analisado solto no tempo. Portanto, fundamental estabelecer na estratégia o quesito tempo para que tenhamos resultados efetivos.

Por exemplo, saber quantos clientes foram conquistados nos últimos 3 meses é útil, mas dependendo da área de atuação e questões do mercado, você pode precisar de 6 meses para ter um retorno efetivo dos números, que podem estar mascarados por períodos de férias, recesso etc.

O lapso temporal para análise e contexto é um diferencial essencial para que o indicador atinja seus objetivos. Então, resumidamente, criar indicadores relevantes envolve diversas variáveis que merecem atenção redobrada.

Gostou das dicas? Em caso de dúvidas me coloco à disposição para conversarmos mais sobre o tema.

Até a próxima.

Porque o ESG, a Cibersegurança e o Índice DowJones de Sustentabilidade são sinônimos de privacidade!

Se você está em busca de segurança e privacidade para o seu escritório, em primeiro lugar, precisa entender o que é ESG.

A sigla vem do inglês Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G). Em um resumo bem resumido (com o perdão do pleonasmo) essas são três pautas essenciais para entendermos o mercado e o universo corporativo atualmente.

Para entendermos melhor os temas, compartilho uma pequena explicação de um artigo* com vocês:

Environmental ou Ambiental: refere-se às práticas da empresa ou entidade voltadas ao meio ambiente. Entram aqui temas como aquecimento global; emissão de gases poluentes, como o carbono e metano; poluição do ar e da água; desmatamento; gestão de resíduos; eficiência energética; biodiversidade; entre outros.

Social: relaciona-se à responsabilidade social e ao impacto das empresas e entidades em prol da comunidade e sociedade. Majoritariamente se refere a temas como respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas; segurança no trabalho; salário justo; diversidade de gênero, raça, etnia, credo etc.; proteção de dados e privacidade; satisfação dos clientes; investimento social; e relacionamento com a comunidade local.

Governance ou Governança: está ligado às políticas, processos, estratégias e orientações de administração das empresas e entidades. Entram no tema, por exemplo, conduta corporativa; composição do conselho e sua independência; práticas anticorrupção; existência de canais de denúncias sobre casos de discriminação, assédio e corrupção; auditorias internas e externas; respeito a direitos de consumidores, fornecedores e investidores; transparência de dados; remuneração dos executivos; entre outros.
Está intimamente ligado aos dois outros termos (Social e Ambiental), por ser quem dita, orienta, fiscaliza e reporta as práticas sustentáveis (ou não).

*Fonte: Valor Econômico – Globo.

Não é novidade que os ataques cibernéticos seguem em uma crescente no mundo todo. Os alvos primários são as grandes empresas que, cada vez mais preocupadas, investem em tecnologia e segurança.

Por falar em investimento, a segurança e a pauta ESG caminham em sintonia. Temos um índice financeiro que avalia todos estes elementos em conjunto: Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI – Dow Jones Sustainabilty Index).

Dow Jones Sustainability Index, foi criado em 1999 com o objetivo de reconhecer as melhores práticas de sustentabilidade das empresas cotadas na bolsa de valores. E isto é relevante? Para discorrer sobre o tema, colaciono um artigo* de Gustavo Sampaio e Gisele Aparecida, gerentes de cibersegurança da EY Brasil.

O índice DJSI.

Entre os indicadores globais de desempenho financeiro, cujos questionários de avaliação incorporam aspectos de Segurança da Informação, é possível destacar o Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI), criado em 1999 e composto por cerca de 300 empresas de diversos setores e países. O Corporate Sustainability Assessment (CSA), um dos principais questionários de ESG do mercado, é utilizado para pontuar e classificar as empresas líderes de sustentabilidade. As mais pontuadas a cada ano são escolhidas para compor o índice.

Em 2021, 54 empresas brasileiras – de um universo de 3.583 – foram convidadas para responder ao questionário de avaliação, e nove foram selecionadas para compor o índice nesse ano: Banco Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Itaúsa, Petrobras, Lojas Americanas, Lojas Renner, Companhia Energética de Minas Gerais e Klabin.

Escopo de cibersegurança.

O questionário do DJSI não deve ser entendido como um formulário único. As perguntas englobam questões específicas para a indústria da organização e até 50% de questões comuns a todas as indústrias. Elas são divididas em três grandes dimensões: Environmental (E), Social (S) e Governance & Economic (G). Cada tema abordado dentro das dimensões possui um peso na avaliação, que é variável de acordo com a indústria.

Cibersegurança, por exemplo, corresponde a 3% de peso na pontuação final para o setor financeiro, enquanto no setor de Utilities esse mesmo critério tem peso 2%. É importante reforçar que o questionário é composto de uma variedade de temas cujos pesos variam, em média, de 2% a 7%. O escopo de cibersegurança está incluso dentro da dimensão “Governance & Economic“, com alguns critérios de privacidade e proteção de dados dentro da dimensão “Social”. Os seguintes temas são avaliados:

Governança de Cibersegurança: avalia se a empresa possui a governança adequada para evitar falhas nos sistemas de TI e incidentes de segurança relevantes. Critério avaliado: Estrutura de Governança de Segurança da Informação (CISO, CTO, CSO, CIO etc.).

Medidas de Cibersegurança: avalia quais medidas de segurança estão em vigor para garantir que os funcionários estejam cientes das principais potenciais ameaças e da importância da Segurança da Informação na organização. Critérios avaliados: Políticas e Procedimentos formalizados, treinamento e conscientização, reporte de incidentes e possíveis sanções para os funcionários.

Processos e infraestrutura de cibersegurança: avalia o quão bem as empresas estão preparadas para evitar grandes incidentes de infraestrutura de TI e Segurança da Informação e se elas podem reagir adequadamente quando eles ocorrem. Critérios avaliados: plano de continuidade dos negócios, certificações (Ex: ISO 27001, NIST) e testes de vulnerabilidade externos.

Além dos critérios objetivos para a avaliação de cada pergunta, as respostas são avaliadas em termos de aderência à questão, completude da resposta e evidências que suportam o que foi relatado.

Recomendações: embora a metodologia de pontuação do CSA seja complexa e variável de acordo com a indústria e evidências apresentadas, entre outros fatores, é possível destacar algumas recomendações específicas para as perguntas de segurança da informação.

Informações Públicas: pontuações adicionais são fornecidas se algumas informações relevantes sobre Segurança da Informação forem disponibilizadas publicamente e de fácil acesso.

Evidências: quando fornecidas, elas devem ser contextualizadas e relacionadas às respostas dadas, se possíveis datadas. É possível anexar relatórios, materiais de reporte aos executivos, dashboards de monitoramento de ameaças, incidentes e demais KPIs de segurança.

Certificações Internas: ainda que a empresa não possua uma certificação externa, como a ISO 27001, pode ser interessante evidenciar quaisquer assessments internos realizados baseados em frameworks de mercado, como o NIST, evidenciando que há um monitoramento dos principais controles de segurança na organização.

Certificações de Fornecedores: se a infraestrutura de segurança da organização for fornecida por terceiros, é fundamental levantar quais certificações eles possuem e fornecer essas evidências como anexo do questionário.

*Fonte: It Forum.

Interessante, não? Um índice nada novo, num mercado onde o Brasil começa a aparecer.

E o seu negócio, está atento às pautas de ESG e Segurança? Tudo isto cai dentro da privacidade, dentro dos dados, dentro da cultura do negócio.

Fazer marketing com ESG, segurança e LGPD é uma decisão estratégica. Mas, na prática, para colocar tudo isso em prática, você tem um longo caminho para percorrer. Então, não demore muito para iniciar essa jornada.

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